PLAZA DEL MERCADO CHICO, ÁVILA, ESPANHA

Ávila é simplesmente inevitável, está tão perto de Madrid e é tão relevante que repetimos a visita do ano passado, se bem que esta foi a caminho de um “pueblo” para os lados da Serra de Gredos o que não nos permitiu ficar muito tempo.

Ainda assim, fomos á Plaza del Mercado Chico, onde está o edificio do “Ayuntamiento” (Câmara Municipal) assim como alguns cafés e bares com esplanada que pudémos aproveitar com a grande tarde de sol que estava.

 

Há outro local que se destaca na Praça, uma pastelaria que vende doçaria da região mas cuja principal estrela são as famosas “Yemas de Ávila”. Na realidade creio que se passa aqui algo como o Pastel de Belém e o Pastel de Nata, as Yemas podem chamar-se de Santa Teresa (mas apenas uma pastelaria está certificada a fabricá-la) ou de Ávila que são as que se vende em todas as pastelarias.

A Yema é feita de água, limão, ovos e farinha. São umas pequenas bolinhas moles que ao comer me faz lembrar os ovos moles de Aveiro.

É sem dúvida um local para visitar e ficar um pouco a aproveitar o ambiente local, sentar-nos num bar de tapas, pedir uma bebida e receber grátis um prato com algo para comer, podem ser umas “croquetas” ou uma outra tapa.

E já sabemos que voltaremos a visitarna cidade dos “Caballeros”, só não sabemos quando.

 

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EL BARQUILHO, ÁVILA, ESPANHA

Entrámos neste pequenho “pueblo” perto da Serra de Gredos com apenas um objectivo: tomar banho no rio.

Assim que da aldeia em si não conhecemos muito mas encontrámos pequenas praias fluviais onde podíamos tomar banho descansados sem muita gente por perto. Não gosto muito de tomar banho no rio, não vemos bem o fundo, há muitas pedras, peixinhos a morder-nos, mas só a beleza do entorno faz esquecer isso e o calor obriga a um banho nem que seja rápido.

Um pequeno paraíso onde encontramos tranquilidade, ideal para descansar e desligar um pouco da confusão.

 

EL VERGEL DE GREDOS, BOHOYO, ESPANHA

Não é o tipo de restaurante que possa figurar num guia de viagens, mas para os espanhóis que gostam desta zona é bastante conhecido e está sem dúvida no seu guia pessoal da Serra de Gredos.

Talvez lhe falte um pouco mais de charme para poder figurar nesses tais guias, não vemos gente da moda mas vemos gente feliz. Foram a banhos nas geladas águas (vindas da neve derretida) que passam por baixo da “Puente de la Garganta”.

 

E nada melhor que uns bons petiscos depois de um refrescante banho, seja no mar ou no rio. Sentamo-nos na esplanada, a tal sem grande charme com as mesas de plástico que as marcas de cerveja patrocinam. A vista é para a tal garganta de Bohoyo e enquanto esperamos pela comida, as melgas vão-se servindo…

Nota mental: Levar repelente para a próxima vez. 

Os nossos amigos repetiam-nos que a comida era muito bom e que iria valer a pena dar umas poucas gramas de sangue ás melgas. Num ápice o empregado enche a mesa.

Desde “chipirones” passando pelas famosas “patatas revolconas”, aqui acompanhadas por torresmos (que não provei), passando por um fantástico queijo da região. 

E depois como se não bastasse, ainda vêm duas travessas com carne da região, muito bem cortada e que deveríamos cozinhar na famosa pedra. Chegámos a pensar que isto até nós comemos em casa, mas a diferença está na carne, de uma qualidade tão boa que é dificil de descrever. 

Ainda se comeram algumas sobremesas, as típicas “natillas” caseiras. A sua boa relação preço/qualidade explica o porquê de ser paragem obrigatória para quem vem para os lados da Serra de Gredos. Uma agradável descoberta…

EL BARCO DE ÁVILA, ESPANHA

Quando ficámos em Becedas, visitámos também El Barco de Ávila.

O nosso principal motivo de visita é pela oferta de comércio que aqui existe e que em Becedas é práticamente inexistente. Aqui podemos comprar carne, legumes, enchidos, etc.. ou comer umas tapas em qualquer um dos cafés nas ruas principais. 

O maior ponto de encontro é a tradicional Plaza Mayor onde há maior concentração de comércio, tanto na própria praça como das ruas circundantes. Só tive pena de a ter visitado já numa época mais complicada em termos meteorológicos, no Verão de certeza que é mais animado até porque muita gente da “terra” regressa das grandes cidades para passar uns dias. 

Para além da Plaza Mayor, outra das atracções de El Barco de Ávila é a sua ponte romana ou ponte velha, na realidade ela é da época medieval século XII e foi reconstruída várias vezes mas sempre com o seu traçado de ponte romana.

Composta por oito arcos, ajuda a travessia sobre o rio Tormes e é sem dúvida uma excelente protagonista para quem gosta de fotografar.

Outro ponto de interesse é a Iglesia de la Asunción, á hora que fomos já não podíamos visitar e também não percebi se a torre estaria aberta, se sim deve proporcionar uma excelente vista do municipio. 

De volta á Plaza Mayor, passámos numa loja que está aberta (como a placa indica) desde 1902, estamos a falar de mais de 100 anos a vender as famosas “judias” (feijões) de El Barco de Ávila.  As Judias Coronado são passagem obrigatória para quem visita a vila.

A variedade que existe de feijões tem aqui a sua melhor montra, além disso ficámos a saber que as “judias” têm regiões denominadas como se faz por exemplo com o vinho e com o queijo por exemplo. Vi aqui feijões de um tamanho que nunca pensei existir de tão grandes que eram, por exemplo a “fabada asturiana” utiliza um feijão bastante grande, digamos que é muito nutritiva. 

Nesta mesa de exposição estão identificados os vários tipos de feijão que se vendem na loja e para além disso, ainda se vende a granel, se bem que têm sacos de 1kg já feitos para maior comodidade. Mas quem vem aqui comprar gosta mesmo de se servir do que quer e prefere assim, como se pudesse escolher o feijão. 

 

Aqui podem comprar-se todos os ingredientes para uma “fabada” ou feijoada, desde os feijões passando pelos enchidos e sem esquecer o pimentão doce. Além disso ainda nos oferecem a receita típica da região. 

Ainda que o seu principal negócio seja os feijões, a verdade é que a loja vende todo o tipo de produtos regionais e alguns de gourmet. Foi sem dúvida um dos pontos de maior interesse ao visitar El Barco de Ávila. 

Por último (com foto desfocado) vimos o Castelo de El Barco de Ávila ou de Valdecorneja, nome de uma das familias a habitá-lo.

Actualmente pertence á Duquesa de Alba que segundo nos contou um local abre de vez em quando o Castelo ao público para actividades lúdicas ligadas ao municipio.

ÁVILA, ESPANHA

Hoje conhecemos…Ávila.


O seu casco antigo está cercado por muralhas composta por várias torres que supostamente estão dispostas de 20 em 20 metros. Entrámos pela porta que está de frente para a Basilica de San Vicente e descemos a rua del Tostado até que avistamos uma pequena praça cuja atracção principal é a sua Catedral.
Como chegámos á hora de comer, a nossa preocupação era encontrar um local para esse efeito e acabámos por não fazer a visita ao interior da Catedral de Ávila, deu apenas para espreitar e tirar uma ou duas fotos. Vista de fora, a Catedral com a sua arquitectura gótica tem a sua beleza e imponência.

 

 

Descemos a Calle da Alemania e no seu cruzamento com a Don Gerónimo havia uma pequena praça com um restaurante de aspecto mais “caseiro”, esqueci-me do seu nome mas também não sei até que ponto vale a pena recomendar. Na realidade, tínhamos pressa que é sempre inimiga da perfeição e sentámo-nos no primeiro snack-bar que nos apareceu, para comer um menu composto por um primeiro e um segundo, na realidade não comemos mal para um sitio deste género e tinha bastante variedade, mais atractivo foi o preço porque não pagámos mais de 12€ por pessoa.
Naquela zona havia também algumas lojas, algumas de marca como a Massimo Dutti e a Oysho.
Depois de comer descemos a Calle de Don Gerónimo para tentarmos por ali subir as muralhas (tem uma entrada), como levávamos carrinhos de bébé a entrada por ali era complicada e foi-nos indicada outra na outra ponta do centro histórico. Aqui estávamos na Puerta del Alcazar que depois de a passarmos vemos a Plaza de Santa Teresa, a mesma que fundou aquela ordem das Carmelitas descalças, com a Igreja de San Pedro no meio.
Voltámos a passar a Puerta del Alcazar e seguimos pela mesma rua de onde viémos para depois descer na continuação da Calle Alemania. Pelo o caminho encontramos o Palácio de los D’Ávila e voltamos a sair das muralhas para o Paseo del Rastro junto ao Meson que tem o mesmo nome para entrarmos no Parque del Rastro na zona de cima e disfrutar da vista que tem para os campos de Ávila. Aproveitámos também para descansar um pouco antes de voltarmos a entrar nas muralhas.
Subindo a Calle de Los Caballeros chegamos á Plaza del Mercado Chico, uma típica praça espanhola com o Ayuntamiento, algum comércio e restaurantes com esplanadas.


Aqui há uma loja de doces com os típicos da zona e de outras regiões, nessa loja comprámos os bolinhos de pinhão recheados e as famosas yemas de Santa Teresa, foram a sobremesa ideal.
Descemos depois a Calle de Vallespin e aqui arrependemo-nos de ter comido onde comemos, os restaurantes tinham óptimo aspecto.
Subimos até ao Parador de Ávila e creio que descemos toda a Calle del Conde Don Ramón até chegarmos a uma entrada das muralhas com melhor acessibilidade para os carros de bébés. Eu recomendo este passeio pela muralha, ganhamos duas vistas as do centro histórico e de Ávila no geral. Ao fundo vemos o humilladero, conhecido como os Quatro Postes ou Pilares, o seu impressionante centro de congressos e exposições. Também das muralhas temos vista priveligiada para a Basilica de San Vicente e para o jardim com o mesmo nome e acabámos por descer numa das saídas junto á Catedral.
Aqui terminou a nossa visita a Ávila, admito que não senti por ela o mesmo encanto que sinto em Segóvia ou Toledo, mas houve opiniões contrárias á minha. Creio que ainda ficou muito por explorar nas ruas de Ávila e principalmente, creio que de noite deverá ter a sua beleza.