
Continue a ler “Sky Lounge no The Pearl – Marrakech, Marrocos”
Between Spain & Portugal, Madrid & Lisboa…

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Hoje conhecemos…a Medina de Marrakesh, ou seja a cidade fortificada.



O seu ponto de maior agitação é sem dúvida a Praça de Djmaa-el-Fna, uma grande zona de comércio onde vemos vários vendedores ambulantes e animadores em busca do som da moeda a cair nas suas caixas. Aqui vende-se desde fruta a especiarias, frutos secos entre outras coisas.
Á volta da praça alguns restaurantes permitem aos turistas e locais com mais possibilidades comer de forma mais tranquila, tendo esplanadas nos pisos superiores com uma excelente vista.


Mas devo dizer que o principal encanto da Medina não está própriamente nessa praça mas sim na sua teia de estreitas ruas apinhadas de comércio, há de tudo, desde o artesanato local ás famosas babouchas marroquinas.


Aqui sentimos o seu pulsar, aqui a Medina ganha vida e cor. Sem dúvida que percorrer as suas ruas e perder-nos um pouco dará mais encanto ao passeio. De toda a nossa viagem este foi o local que mais gostei, ainda que também o mais turístico por certo mas longe do que realmente conhecemos como um ponto só para turistas.

E quando a Mesquita de Koutoubia espalha o sinal, o nosso vendedor de especiarias adia a transacção para se colocar de joelhos na sua loja e rezar virado para Meca, ao fundo ouvimos o som dos altifalantes que vêm do seu Minarete com a oração do dia.
Hoje conhecemos…a remota aldeia de Imegdal em Marrocos.

Foi dificil para mim encontrá-la no mapa, enquanto os jipes nos levavam pelo Atlas nem sabíamos muito bem a nossa localização. Do pouco que percebi estávamos perto dos limites do Parque Natural de Toubkal que é também o ponto mais alto do Atlas.
O trajecto era sinuoso já que estávamos numa montanha, não havia separadores caso algum jipe se despistasse comeria a poeira rebolando por ali abaixo. Pequenas pirâmides de pedra marcavam o limite, o motorista que as pisasse iria ter esse destino fatal…medo, muito medo.

As povoações quase se confundem com a montanha tal é a cor da suas construções, as casas são simples e modestas, estamos longe da civilização onde estamos habituados a circular. A vida aqui é outra.

O nosso objectivo: melhorar as condições de vida desta remota aldeia.
Fomos distribuidos por vários projectos, uns ajudariam a arranjar a escola, outros a tratar da canalização que traria água potável ás casas da aldeia e outro muito curioso, era construir um pequeno muro que iria impedir as cabras de entrar casa adentro de um dos seus habitantes.
O trabalho era duro, partir pedra, escavar o chão, depois vêm os acabamentos, as pinturas e outras coisas.
Pelo meio, duas horas de descanso para comer, estávamos sujos e exaustos mas não desanimados.

O sorriso dos locais traziam conforto, cozinharam-nos o almoço com muito carinho (mas com pouco sal…) e a juntar a esse agradecimento, cantaram e dançaram. A simpatia era a sua principal qualidade.

Despedimo-nos de Imegdal cansados e esperava-nos uma outra aventura, a de cruzar o Atlas á noite para jantar e dançar.